sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

O FALSO JUDAS E O GUERRILHEIRO DE BOUTIQUE.



O FALSO JUDAS E O GUERRILHEIRO DE BOUTIQUE



















Quando eu estava na faculdade, conheci um professor que me chamou a atenção pela erudição e pela elegância no trato com a profissão e com as pessoas. Vamos chamá-lo a partir de agora de Miguel.


O professor Miguel era o titular da cadeira de História Antiga e Medieval. Não era ais um jovem, estava aí na casa dos 60 anos, homem experiente e especialista no assunto.E sempre fui apaixonado por história antiga e história medieval. As aulas eram uma viagem, e eu descobria detalhes culturais e territoriais de dezenas de povos e civilizações, em número muito maior do que até então eu imaginava,


Ao mesmo tempo, estranhava a baixa frequência às aulas por parte da turma, e as caras e bocas debochadas de alguns. Mas, estava tão focado nas aulas que deixava aquilo em segundo plano.


Ao longo do curso, eu e alguns amigos passamos a procurar o prof. Miguel com frequência, ávidos em aproveitar o conhecimento que ele detinha, especialmente quando sociedade romana. E era muito fácil fazer isso, pq raramente o tempo dele estava ocupado com outros alunos e, principalmente, ele demonstrava total entrega a nossa curiosidade.


O outro extremo dessa situação, era o professor que chamaremos a partir de agora de Carlos. O prof Carlos era a estrela do departamento de história: aulas lotadas, e um séquito permanente de alunos seguindo seus passos e suas falas. E ele estimulava aquilo: era um pavão, que falava e agia como se deitasse luz sobre a humanidade a cada palavra. Tratava as pessoas com grosseria e arrogância e por diversas vezes observei assédio mal disfarçado para com as alunas. Não sei se deu pra perceber, mas eu não gostava da pessoa, além de achar o profissional um tanto superficial. Não tenho problema nenhum em lidar com pessoas das quais não gosto, mas nas quais reconheço um valor profissional. Mas, não era o caso dele.


Enquanto isso, nossas conversas com o prof Miguel se tornaram rotina e extrapolaram o curso: conversamos sobre a vida. E sua forma de ver e viver a vida eram tão interessantes quanto as aulas do professor. Acabei me tornando Monitor de História Antiga e Medieval e a convivência com ele se tornou profissional e pessoal.


Certo dia, uma amiga veio nos "alertar" que a nossa amizade com o prof. Miguel estava "pegando mal" com os outros alunos. Ela nos disse que o prof Miguel era um reacionário, um traidor, um Judas que havia apoiado o Golpe de 64, havia inclusive aceitado o papel de interventor nomeado pelos militares para a direção da FAFICH/UFMG, logo depois do golpe. O outro extremo disso era, como já devem imaginar, o prof, Carlos, tido como um herói da resistência, que havia sido preso e torturado em 64. Alguns, inclusive, diziam que ele tinha participado da Luta Armada.


Diziam também que o prof Miguel era um "velho tarado" que havia abandonado a família para viver com uma menina muito mais jovem que ele, e que tinha inclusive engravidado a pobre menina.


Nunca fui, nem naquela época, nem hoje, de tomar decisões pessoais baseado no que os outros pensam ou dizem. Ao longo da vida, a gente aprende que a gente deve ouvir algumas pessoas, que passam pelos nossos filtros de valores, e que os outros são só os outros.


Decidimos continuar nossa amizade com o professor, gozar daquela preciosa companhia tanto profissional quanto pessoal o máximo que pudéssemos. E é claro que pagamos o preço: passamos a ver chamados de reaças pelos colegas. Como já disse, os outros são apenas os outros. E segue a vida.


Num belo dia, o prof Miguel nos convidou para ir à casa dele, para um almoço. E fomos.


Ele morava em um condomínio fechado, a alguns quilômetros do centro da cidade, subindo a BR 040. A casa era daquela de madeira tratada, pré-moldada, em estilo europeu. Pequena e aconchegante. A esposa era de fato muito mais jovem que ele, tão educada e gentil quanto ele, assim como a filhinha do casal. Foi uma delícia de domingo, regado a vinho, massas, história e histórias. Entre essas histórias, a história dele: formado em direito, havia abandonado a profissão e seguido o caminho da História. Passou por uma tragédia familiar, perdeu a esposa em situação trágica, passou anos se reconstruindo, até que encontrou aquele novo amor, e, apesar da preocupação com o que "os outros iam pensar" (ah, os outros!) decidiram construir uma vida juntos.O tal interventor não era ele, era um outro professor, também com origem no curso de direito, que havia passado algum tempo no departamento de história, na área de Antiga e Medieval, por falta de especialistas na disciplina, mas que após a contratação do prof. Miguel, havia retornado para a Escola de Direito.


Fechávamos nosso semestre com chave de ouro, levando para o resto da vida uma pessoa, e agora uma família, iluminados.


mais ou menos um ano depois, conversando com outros professores do departamento, descobrimos que o prof, Carlos era um embuste: descobriram que ele nunca foi preso, nunca foi torturado, nunca havia se envolvido com a Lota Armada e, pior: quando da intervenção na universidade, em 64, ele simplesmente "sumiu". Se escondeu enquanto os colegas enfrentavam a barra.


Enfim: o professor Judas era um homem de verdade e o professor herói da resistência era uma farsa. Um pobre coitado que vivia do marketing da revolução, como diria Luiz Felipe Pondé.


O que isso me ensinou? Me ensinou que ter caráter é, também, tomar posição. Não acovardar-se diante dos outros e, principalmente, nunca abrir mão dos seus valores.


Sinto apenas, hoje, que o professor Miguel já tenha nos deixado, Mas toda vez que dou aula sobre o Império Romano, me lembro dele e tento me aproximar, o mais que posso, de sua intensidade e de sua paixão pela História.


Obrigado, "Miguel".

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Exploração do Trabalho Escravo na África



História da escravidão: Exploração do trabalho escravo na África

Érica Turci

Desde milênios, em todos os cantos do mundo, a escravidão foi uma prática comum e aceita por diversos povos. Somente a partir do século XIX é que o comércio de pessoas passou a ser criticado, e em muitas regiões foi abolido (pelo menos legalmente). Hoje em dia, apesar da existência de milhões de indivíduos ainda trabalhando como escravos, tal situação é considerada um crime pela comunidade internacional.
Mas o que é ser um escravo? Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, em sua primeira acepção, escravo é "quem ou aquele que, privado da liberdade, está submetido à vontade absoluta de um senhor, a quem pertence como propriedade".
Um indivíduo pode se transformar em escravo de diversas maneiras:
  • por ser um prisioneiro de guerra;
  • por contrair uma dívida, que seria paga com seu trabalho (por um tempo determinado ou pela vida toda);
  • por ter cometido um crime e sendo, portanto, punido com a escravidão;
  • por se oferecer como escravo em troca de alimento ou bens para a salvação de sua família ou comunidade em grande dificuldade;
  • por pertencer a povos inimigos ou ser considerado culturalmente inferior.
Dessa forma, o escravo, sendo uma propriedade, pode ser vendido, emprestado, alugado e até morto, segundo as necessidades do seu senhor.
A escravidão foi praticada por diversos povos durante toda a história, de modos diferentes e específicos. Em algumas civilizações, como no Egito Antigo, por exemplo, o escravo não era a base da produção, sendo o camponês livre obrigado a prestar serviços ao Estado na forma de corveia (trabalho temporário sem remuneração). Aos escravos cabia o trabalho doméstico e militar.
Ao contrário, na Roma Antiga, toda produção das grandes fazendas, todo serviço nas obras públicas (incluindo as diversões nas arenas de gladiadores) recaía sobre a massa de escravos e por isso chamamos a civilização romana de civilização escravista.
Em vários haréns, no Oriente, as concubinas do grande sultão, xeque ou xá, eram escravas e muitas delas eram negociadas ou capturadas na região do Cáucaso (entre a Rússia e o Oriente Médio).Portanto, nem sempre a escravidão foi baseada numa diferença étnica: às vezes um parente distante precisava de ajuda e se submetia a uma escravidão temporária. Ou seja, quando queremos refletir sobre a escravidão, precisamos compreender como ela se desenvolveu para aquele povo específico que estamos estudando.
A escravidão entre os povos africanos
A escravidão existiu na Ásia, na Europa, nas Américas e na África. Muitos dos povos africanos utilizavam escravos para os mais diversos fins, e como cada povo africano tem sua própria organização política, econômica e social, a escravidão na África se desenvolveu de muitas formas.
De uma maneira geral, partindo da história de grande parte desses povos, podemos dizer que existia na África uma escravidão doméstica, e não uma escravidão mercantil, ou seja, entre vários povos africanos, o escravo não era uma mercadoria, mas sim um braço a mais na colheita, na pecuária, na mineração e na caça; um guerreiro a mais nas campanhas militares.
Esses povos africanos preferiam as mulheres como escravas, já que eram elas as responsáveis pela agricultura e poderiam gerar novos membros para a comunidade. E muitas das crianças nascidas de mães escravas eram consideradas livres pela comunidade. A grande maioria dos povos africanos eram matrilineares, ou seja, se organizavam a partir da ascendência materna, partindo da mãe a transmissão de nome e privilégios. Dessa forma, uma mãe escrava poderia se tornar líder política em sua sociedade, por ter gerado o herdeiro à chefia local.
Além disso, um escravo que fosse fiel ao seu senhor poderia ocupar um cargo de prestigio local, inclusive possuindo escravos seus. Assim, nem sempre ser escravo era uma condição de humilhação e desrespeito. Mesmo representando uma submissão, tratava-se de uma situação que muitas vezes era a mesma que a de outras pessoas livres.
Os árabes e o tráfico de escravos africanos
Ao lado da escravidão doméstica também existia o comércio de escravos. Algumas sociedades africanas viviam da guerra para a captura de pessoas para serem vendidas a outros povos que necessitavam de escravos. Como na África existiam várias etnias, vários grupos políticos diferentes (os africanos não eram um único povo), as guerras entre eles eram muito frequentes, e uma consequência disso era escravização dos vencidos, que podiam ser vendidos, segundo a necessidade do vencedor.
O comércio de pessoas se intensificou no século VII, quando os árabes conquistaram o Magreb e o leste africano. Os árabes eram grandes mercadores de escravos, e conseguiam suas mercadorias humanas em diversas regiões: Espanha, Rússia, Oriente Médio, Índia e África. Os escravos comprados nessas regiões eram vendidos principalmente na península Arábica, mas também podiam ser vendidos em regiões mais distantes, como na China.
Com o aumento da demanda por escravos nos portos africanos controlados pelos árabes, aumentou também o número de povos africanos que passaram a viver (e sobreviver) da captura de inimigos ou de grupos mais fracos, para vendê-los. Acredita-se que entre os séculos VII e XIX, em torno de 5 milhões de africanos tenham sido comprados na África pelos árabes.
Nesse processo, muitas tribos, cidades, reinos africanos se fortaleceram, pois controlavam as rotas de comércio de escravos. E quanto mais fortes e ricos se tornavam, mais tinham condições de oferecer mais mão de obra escrava para os árabes. Foi o caso do Reino de Mali, Reino de Gana, as cidades iorubas, o Reino do Congo e as cidades suaílis, e várias outras.
Os portugueses e o tráfico de escravos africanos
Apesar de o comércio de escravos já ser praticado na África, foi com a chegada dos portugueses nesse continente que o tráfico escravista se configurou na maior migração forçada de povos da história. Os pesquisadores apresentam números diferentes, que vão de 8 milhões até 100 milhões de pessoas obrigadas a deixar a sua terra natal, atravessar o oceano Atlântico para ser escravo em regiões distantes.
Quando os portugueses chegaram a Ceuta, no início do século XV, iniciaram a captura e escravização dos africanos das redondezas, com a justificativa de que eram prisioneiros de guerra e muçulmanos, considerados inimigos da fé católica europeia.
A partir de então, em pleno processo de Expansão Marítima, os portugueses avançaram em direção ao sul, na costa atlântica da África, em busca de riquezas para serem comercializadas e foram descobrindo o comércio de escravos. Num primeiro momento, o comércio de gente não interessou aos navegadores portugueses, já que a Europa não tinha necessidade de mão de obra escrava.
Quanto mais os portugueses avançavam na costa africana, mais sentiam a necessidade de se estabelecer em alguns pontos de comércio, para consolidar sua exclusividade na região. Em 1455 os portugueses construíram sua primeira feitoria na África: o forte de Arguim (na região da Senegâmbia, atualmente Mauritânia). Para manter essa feitoria, os portugueses passaram a utilizar escravos africanos e a comercializá-los.
Muitos portugueses tentavam capturar os africanos, mas em pouco tempo perceberam que era mais lucrativo entrar nas redes de comércio de escravos já existentes, e por isso começaram a buscar essa mercadoria junto aos povos do litoral. Um dos primeiros povos aliados dos portugueses no tráfico de escravos foram os jalofos, na Senegâmbia. Em troca de escravos, os jalofos conseguiam cavalos dos portugueses (um cavalo era trocado por 15 ou 20 escravos) e armas de fogo, o que aumentava o seu poder de guerra e de conquista de mais escravos.
Com o início da colonização das ilhas de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe (na segunda metade do século XV), a necessidade de mão de obra aumentou, e a compra de escravos foi a solução encontrada pela Coroa portuguesa. Por essa mesma época, os portugueses chegaram à Costa da Guiné (atualmente desde a Guiné até a Nigéria), onde encontraram povos ricos que já negociavam com os árabes e puderam comercializar ouro, especiarias e escravos. Tamanha era a riqueza da região que os portugueses passaram a chamá-la de Costa do Ouro, Costa da Mina e Costa dos Escravos.
Em 1482, o navegador português Diogo Cão chegou até ao Reino do Congo e conseguiu fazer alianças com o manicongo ("senhor do Congo") Nzinga Kuvu. Nessas alianças existiam interesses mútuos: os portugueses queriam ter maior acesso às redes de comércio da África, e o manicongo pretendia obter as técnicas de guerra e de navegação dos portugueses. Inclusive o manicongo se converteu à religião católica, passando a se chamar dom João.
Por quatro séculos, a maior fonte de escravos do tráfico atlântico português se deu a partir do Reino do Congo e do reino vizinho, Andongo, chamado pelos portugueses de Angola. Isso ocorreu principalmente quando os portugueses conseguiram o direito de negociar mão de obra para exploração espanhola da América (o direito de Asiento) e passaram a precisar de mão de obra para desenvolver sua própria colônia americana: o Brasil.
Érica Turci é historiadora e professora de história formada pela USP.

Bibliografia

  • ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Cia das Letras, 2000.
  • GIORDANI, Mário Curtis. História da África anterior aos descobrimentos. Rio de Janeiro: Vozes, 1985.
  • FLORENTINO, Manolo. A diáspora africana. Revista História Viva. Duetto. nº 66.
  • MATTOS, Regiane Augusto. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2007.
  • MUNANGA, Kabengele. Origens africanas do Brasil contemporâneo. São Paulo: Global, 2009.
  • RISÉRIO, Antonio. Escravos de escravos. Revista Nossa História. Biblioteca Nacional. nº 4.
  • SILVA, Alberto da Costa. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008.
  • SILVA, Daniel B. Domingues. Parceiros no tráfico. Revista História Viva. Duetto. nº 66.
  • SOUZA, Marina de Mello. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2005.
  • VISSIÈRE, Laurente. O lucrativo tráfico de escravos brancos. Revista História Viva. Duetto. nº 80.

domingo, 31 de julho de 2016

A FANTÁSTICA HISTÓRIA DE VITÓRIA WOODHULL

A FANTÁSTICA HISTÓRIA DE VITÓRIA WOODHULL
Guga Chacra
Estado de São Paulo - 28/07/2016
Vitória Woodhull

Hillary Clinton será a primeira mulher candidata de um grande partido a presidente dos Estados Unidos. Isto é, a primeira a concorrer para a Presidência pelo partido Democrata ou Republicano. Mas outras mulheres já disputaram a Casa Branca no passado.
A primeira delas foi Victoria California Woodhull, em 1872. Na época, mulheres não podiam votar nos EUA. E o objetivo dela era justamente que as mulheres tivessem os mesmos direitos dos homens, incluindo o voto. Tanto que ela criou e concorreu pelo Partido dos Direitos Iguais. Seu vice foi o ex-escravo e abolicionista Frederick Douglas, embora este nunca tenha aceitado concorrer ao cargo.
                                  Frederick Douglas
Victoria, na época, tinha só 34 anos. Teria 35, idade mínima para ocupar a Presidência, no dia da posse. No dia da eleição, não pôde votar. Primeiro, por ser mulher. Em segundo lugar, por ter sido presa ao chamar um pastor de adúltero hipócrita quando este a chamou de indecente. Ficou um mês na cadeia.
Não há registros de quantos votos ela teve. Certamente, não teve nenhum no Colégio Eleitoral. Mas deixou sua marca. Mais impressionante é o restante da sua história. Seu pai era um criminoso trapaceiro em Ohio. Sua mãe era analfabeta. Ela, que era a sétima de dez irmãos, estudou por apenas três anos e, aos 15, foi obrigada a se casar com um médico charlatão bêbado. Um dos seus filhos nasceu com deficiência mental. Posteriormente, se divorciou e casou com um coronel. Foi morar em Nova York.
Sua irmã teve como amante o magnata Cornelius Vanderbilt. Junto com ela, Victoria foi a primeira corretora de valores em Wall Street. Ambas abriram um fundo e operavam na Bolsa de Valores. Foram chamadas pelo New York Herald de “rainhas das finanças”. Também foi a primeira mulher a fundar um jornal. Vitoria também defendia o direito ao divórcio e pregava a liberdade sexual e casamentos entre negros e brancos ou de judeus e cristãos. Era defensora ainda do vegetarianismo e do uso de minissaias.
Morreu aos 88 anos na Inglaterra, onde vivia e havia se casado pela terceira vez, agora com um banqueiro. Nunca pôde votar para presidente dos EUA. Afinal, o direito ao voto para as mulheres demorou mais meio século depois de sua candidatura.

Eu descobri a história dela hoje e fiquei encantado.

sábado, 23 de julho de 2016

O QUE PENSO SOBRE O BREXIT

Muitos alunos tem me procurado ou mandado mensagens pedindo que eu escrevesse o que penso sobre o chamado "Brexit", ou seja, sobre o plebiscito que definiu a saída do Reino Unido da União Européia.
Antes de mais nada, vamos fazer um breve histórico sobre a relação do Reino Unido com a União Européia.
No final dos anos 80 e início dos anos 90, a Europa passava por um processo de construção e desconstrução. A Europa da Guerra Fria ruía, com a queda do Muro de Berlim, a reunificação da Alemanha. O fim da URSS e da "Cortina de Ferro" trazia novas perspectivas para a Europa.
A Europa havia se reconstruído, após a Segunda Guerra Mundial, e um dos instrumentos importantes para isso foi a progressiva integração do continente. Começou com acordos como o Benelux, nos anos 50 e evoluiu para a Comunidade Econômica Européia, nos anos 70.
A Crise Econômica dos anos 80, expôs os problemas do modelo do "wellfair state", que predominou na Europa Ocidental após a guerra. Estados inchados, pesados e deficitários, impulsionavam reformas em vários países, como a França e o próprio Reino Unido, comandado por Margareth Tatcher.
Nessa perspectiva, as ideias de ampliação de áreas de livre circulação de moeda, pessoas e produtos, surgia como uma proposta para fortalecer todo o continente, tanto do ponto de vista econômico, quanto do ponto de vista geopolítico, com a Europa emergindo, a partir de uma União Aduaneira e a caminho de uma inusitada e quase utópica União Política, novamente como protagonista, agora em uma Nova Ordem Mundial, que se apresentava como multipolar.
O Reino Unido, sob o comando de Thatcher, tinha posição ambígua com relação à esse processo: defendia e apoiava as liberdades econômicas, como fez em 1975, quando ela e os conservadores apoiaram o "SIM" à manutenção do Reino Unido na Comunidade Econômica Européia, mas, tinha sérias restrições quanto ao processo de ampliação para outros setores, principalmente quanto à união política que, na opinião dela, ameaçava a soberania de seu país.


                  (Thatcher fazendo campanha a favor da entrada do RU no MCE, em 1975)

Pois bem. Guardemos então essa informação: setores políticos e sociais do Reino Unido sempre tiveram um pé atrás com o avanço das discussões que envolviam a União Européia no que tange a questões de soberania nacional, mas, desejavam os benefícios econômicos que ela podia trazer.
Quando foi criada a Zona do Euro, a moeda única européia, mais uma vez o Reino Unido se apresentava dividido e a solução para mantê-los no bloco foi aceitar uma situação de exceção, assim estendida também à Dinamarca; aceitam a circulação do Euro em suas economias, mas mantém suas moedas, Banco Central próprio e autonomia quanto à política monetária. Situação prevista pelo Tratado de Maastricht.
Da mesma forma, o Reino Unido se posicionou quanto ao "Espaço Schengen". O Espaço Schengen, acordo que determina a abertura de fronteiras entre os países signatários foi vinculado à União Européia em 1997, podendo os Estados Membros optarem por aderir ou não a ele. O Espaço Schengen tem como objetivo criar políticas comuns de imigração, concessão de vistos, ordem pública e segurança nacional. O Reino Unido se posicionou apenas como colaborador em caso de questões policiais e judiciais, mas não aceita regras comuns de imigração, fronteiras, concessão de vistos e segurança nacional. (Veja o mapa abaixo).




                                       (Schengen Zone)

Nos últimos vinte anos, como sabemos, a geopolítica mundial mudou bastante. A União Européia mudou junto com ela. Nos anos 70, quando o processo de integração começou, eram 9 países membros. Hoje, são 28, e novos países aguardam confirmação de ingresso.
A imigração passou a ser um dos grandes problemas que a UE enfrenta, nos últimos anos, e certamente é uma questão central nos desentendimentos entre os países membros. O Reino Unido, apesar de não ser signatário do Espaço Schengen e portanto das políticas do bloco quanto à imigração e circulação de pessoas entre os países membros, sente-se pressionado a se envolver e participar dos debates e das decisões quanto aos milhões de imigrantes que buscam a UE, vindos principalmente da África e do Oriente Médio - mas não somente destes, já que há milhares de latino-americanos, asiáticos. e também russos e demais países do Leste da Europa. 
Apesar de não participar das cotas estabelecidas pela UE para os países membros, é comum vermos centenas e centenas de imigrantes tentarem migrar para o Reino Unido através da França e do Eurotúnel.  As comunidades de imigrantes no Reino Unido aumentam a cada ano, tornando este um dos pontos centrais da pressão política que gerou o recente plebiscito, que já era promessa de campanha do primeiro-ministro David Cameron. Portanto, há sim, um conteúdo xenófobo por trás do crescimento do apoio à saída do Reino Unido da UE, especialmente se observarmos que o grande empenhado no apoio ao "Leave", foi o Partido Nacionalista do Reino Unido e o aplauso ao resultado do plebiscito veio também dos ultranacionalistas da Europa, como a Deputada Le Pen, da França.
Outro argumento muito usado durante as campanha pelo "Leave or Remain" foi o excesso de regulamentação e intervenção em questões econômicas e políticas sociais da UE. Os defensores do "Leave" afirmam que a participação na UE dificulta acordos paralelos e mais vantajosos para o Reino Unido. Esse argumento, entretanto, me parece apenas cortina de fumaça, uma vez que o Reino Unido não está submetido a todas as determinações da UE, desde seu ingresso. Goza de situação especial, que condicionou a sua entrada não só na UE mas desde a Comunidade Econômica Européia nos anos 70. E soa ainda mais frágil esse argumento quando se investigam as principais relações econômicas do reino Unido, que são os EUA e a própria UE.



Finalmente, queria observar que a saída do Reino Unido da UE, por suas próprias condições de ingresso e pelas características econômicas já citadas, não constitui uma tragédia, nem para o Reino Unido, nem para a UE, a princípio.
O que mais importa no BREXIT são os desdobramentos dele. Imagino que isso vá trazer uma onda de questionamentos semelhantes, a começar pelo próprio Reino Unido. Imediatamente após o resultado das urnas, a Escócia já declaração sua intenção de permanecer na UE e até mesmo separar-se do Reino Unido para isso, se necessário. Poucos anos atrás, a Escócia realizou um plebiscito pela permanência ou não do país na Reino Unido. O resultado foi apertado e um dos argumentos dos que votaram A FAVOR da permanência no Reino Unido foi exatamente a permanência da Escócia da UE.
Além disso, toda a Europa pode viver uma onda nacionalista, estimulada por esse resultado e pelas preocupações nacionalistas e xenófobas que tem aumentado na mesma proporção dos atentados, cada vez mais comuns, e ligados a imigrantes, especialmente do Oriente Médio.
Em resumo, nada apocalíptico, mas com certeza aponta para uma possível Novíssima Ordem Mundial, na minha opinião, e não há como prever para onde essa "Novíssima Ordem" caminhará, E é exatamente isso que traz toda essa angústia e preocupação que vemos pelo mundo afora.


segunda-feira, 6 de junho de 2016

07 PERGUNTAS QUE VC PROVAVELMENTE SE FAZ SOBRE O RAMADÃ, MÊS SAGRADO PARA OS MUÇULMANOS


7 perguntas que você provavemente se faz sobre o ramadã, mês sagrado para os muçulmanos

POR DIOGO BERCITO


Começa hoje ao redor do mundo o mês sagrado do ramadã, durante o qual muçulmanos jejuam entre o nascer e o pôr do Sol. É um período importantíssimo em países islâmicos não apenas como ritual religioso, mas também como tradição cultural. Há uma série de costumes típicos desse período, e também pratos específicos para o desjejum.
Mas o que significa tudo isso, e por que afinal muçulmanos –mais de 20% da população mundial– deixam de alimentar-se durante este mês? O Mundialíssimo blog responde abaixo a sete perguntas sobre o ramadã, para quem nunca entendeu do que se trata essa tradição.
O que muçulmanos celebram durante o mês do ramadã?
O mês do ramadã marca o período durante o qual o Alcorão, o livro sagrado do islã, foi revelado ao profeta Maomé no século 7. O Alcorão tem um papel central na religião muçulmana, e seu surgimento é um marco da história dos povos árabes. O período anterior ao islã é conhecido, em árabe, como “ignorância”.
O que acontece durante esse período?
O jejum durante o ramadã é um dos cinco pilares do islã, e exigido de muçulmanos praticantes. O mês é marcado também pela abstenção do sexo durante o dia e pelas boas ações. Há pessoas que não seguem a tradição, a depender da família e do indivíduo, mas em países conservadores é de bom tom não comer ou beber nada em público. Diversos estabelecimentos fecham, ou modificam seus horários de atendimento, alterando toda a rotina da comunidade.
Todo o mundo MESMO precisa jejuar?
Não. Há uma série de isenções, como aos idosos, aos enfermos, às crianças e às mulheres grávidas ou em período de menstruação. O jejum tem efeitos na saúde, e pode ser perigoso de acordo com a pessoa. Períodos mais curtos de sono também preocupam a comunidade médica durante esse mês.
Deve ser uma loucura na hora de quebrar o jejum, quando anoitece…
As refeições pós-ramadã, chamadas “iftar”, são conhecidas pela fartura. A maneira tradicional de começar o desjejum é beber água e comer tâmaras. Há também uma bebida típica chamada Qamar al-Din, preparada a partir de uma pasta de damasco. Há rezas específicas, e leituras de trechos do Alcorão. Mesquitas organizam banquetes públicos, durante o mês. A refeição pela manhã antes do jejum, chamada “suhur”, é também tradicional.
Mas por que tudo isso?
A ideia é lembrar os fiéis das agruras daqueles que sofrem durante o restante do ano. O islã tem um forte componente comunitário. Também se espera que o muçulmano se aproxime da religião, durante o mês do ramadã. Como efeito colateral do longo tempo passado em casa, o número de espectadores de televisão atinge recordes, e as telenovelas de ramadã são um fenômeno cultural em países como o Egito e a Turquia.
Quando exatamente é o ramadã?
Depende. O calendário islâmico é lunar, e não solar. Isso significa que os meses variam em relação ao calendário gregoriano que usamos, por exemplo, no Brasil. O ramadã só começa quando a lua nova é vista nos céus, e dura entre 29 e 30 dias, de acordo com a rede de TV árabe Al Jazeera. A cada ano, o mês se inicia cerca de 11 dias mais cedo.
A variação da data é importante?
Sim. Imagine que, durante este mês, os muçulmanos que respeitem a tradição do ramadã não poderão comer ou beber nada entre o nascer e o pôr do Sol. É um cenário bastante difícil quando o ramadã coincide com o verão. O Cairo tem registrado temperaturas acima dos 40º C, e os dias são mais longos nesta época do ano. Segundo o jornal britânico “Guardian”, este ramadã será especialmente complicado no hemisfério norte. Na Espanha, por exemplo, o jejum vai durar cerca de 17 horas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A MÍDIA ESTÁ CHEIA DE ANTISSEMITISMO E ÓDIO POR ISRAEL

ATIVISTA PALESTINO DE DIREITOS HUMANOS: “A MÍDIA ESTÁ CHEIA DE ANTISSEMITISMO E ÓDIO POR ISRAEL”


Publicado originalmente em: The Algemeiner E-paper.

Um proeminente ativista de direitos humanos palestino lamentou nesta segunda-feira à noite o que ele chamou de um tratamento injusto da mídia ao Estado judeu.
Em um ato pró-Israel oferecido pelo grupo de defesa StandWithUs em New York, Bassem Eid, um hierosolimita (nascido em Jerusalém), disse a imprensa está  “cheia de antissemitismo” e “ódio”, está “muito mais interessada em lutar contra Israel” do que descobrir a verdade. Então, ele acrescentou: “Vamos [palestinos] dizer ao mundo o que realmente estamos sofrendo.”
Eid, um ex-diretor Grupo de Acompanhamento dos Direitos Humanos Palestinos (PHRMG), disse que os palestinos estão “fartos e sem esperança”, e perderam a confiança na Autoridade Palestina (AP). Enquanto isso, afirmou ele, Israel é “o lugar mais seguro” para os palestinos no Oriente Médio.
Ele continuou: “Quando os árabes israelenses se queixam Israel, digo-lhes: ‘Então se mudem para a Síria, vão para o Iêmen …’ E eles podem, mas vai ser pior para eles lá.” Ele também citou uma recente pesquisa realizada pela Instituto Washington para Política do Oriente Próximo que revelou que uma maioria de árabes de Jerusalém Oriental prefere viver sob domínio israelense do que de palestinos.
Falando sobre a atual onda de terrorismo varrendo Israel, Eid disse: “Quando eu assisto TV e vejo um jovem palestino –  de 13, 14 ou 15 anos de idade – segurando uma faca na mão, correndo na rua e querendo esfaquear e matar, eu penso que é a coisa mais bárbara que eu já vi. Esfaquear judeus vai resolver meus problemas? Matar um judeu vai resolver meus problemas? Olhe para o Hamas – nos últimos nove anos eles estão atirando foguetes. O que nós, como palestinos, alcançamos? Sejamos um pouco realista. ”
Ele continuou: “Eu [como um palestino] não quero ser mais uma vítima … Eu quero ser considerado como um ser humano que tem o controle total do meu próprio futuro e o futuro dos meus filhos.”
Eid também afirmou que Jerusalém se tornou uma “vítima” de vários movimentos políticos palestinos concorrentes, incluindo a Fatah, o Hamas e até mesmo movimentos islâmicos dentro de Israel, que, segundo ele, estão todos “, acrescentando combustível para a fogueira.” Ele disse que o interesse do Fatah no momento é apenas aumentar a violência em Israel, e que, mesmo que Abbas fosse chamar aos palestinos para acalmar as tensões em Jerusalém Oriental, “Ninguém iria ouvi-lo.”


Esta é uma das muitas razões que Eid acredita que os palestinos terão que esperar pelo menos mais uma geração – “20 -25 anos” – para uma solução da sua situação

sábado, 27 de junho de 2015

A HISTÓRIA COMPLETA DA BANDEIRA CONFEDERADA


A HISTÓRIA COMPLETA DA BANDEIRA CONFEDERADA


Com a formação dos Estados Confederados da América no início de 1861, uma das primeiras ordens foi criar uma bandeira para a nova nação, a Comissão da Bandeira e do Selo foi formada, e essa era sua tarefa. Havia basicamente duas escolas de pensamento na criação da bandeira. Uma delas foi criar algo que se assemelhasse a bandeira existente bandeira dos EUA. A segunda escola de pensamento era criar uma bandeira muito diferente do que a dos EUA. Na época, ainda havia sentimentos de lealdade à bandeira dos EUA original e a opinião popular foi se alinhando em apoio de uma bandeira que era semelhante à bandeira dos Estados Unidos. Tal opção foi proposta e criada. Esta bandeira é mostrada à direita.

A bandeira proposta assemelhava-se à bandeira dos Estados Unidos, mas substituiu as faixas por 3 barras. A bandeira tinha sete estrelas, uma para cada estado que fazia parte da confederação no momento. Esta bandeira foi apelidada de "Stars and Bars". A bandeira dos Estados Unidos era conhecida como a "Stars and Stripes". Esta bandeira tinha substituído as listras com barraes, por isso era lógico chamá-la de "Stars and Bars". Atualmente as pessoas se referem à bandeira de batalha dos Confederados (foto no topo da página) como "Stars and Bars". Estritamente falando, essa não é uma descrição correta da bandeira de batalha dos Confederados.

Aqueles que preferiam uma bandeira muito diferente daquela dos Estados Unidos propuseram várias bandeiras diferentes, uma das quais mais tarde se tornaria a bandeira de batalha dos Confederados.

Em de março de 1861, aqueles que apoiaram uma bandeira semelhante à dos Estados Unidos prevaleceram, e a "Stars and Bars" se tornou a bandeira nacional oficial da Confederação. O primeiro uso da bandeira oficial foi na inauguração de Jefferson Davis em 4 de março de 1861.

Ao longo dos anos, mais Estados se juntaram a Confederação e por isso mais estrelas foram acrescentadas à bandeira. Eventualmente, a "Stars and Bars" chegou a ter 13 estrelas. Os treze estados representados foram: Carolina do Sul, Mississippi, Flórida, Alabama, Geórgia, Louisiana, Texas, Virgínia, Arkansas, Carolina do Norte, Tennessee, Missouri e Kentucky.

Com este assunto resolvido, os participantes procederam com a acusação da Guerra. Embora houvesse várias escaramuças menores início em 1861, a primeira grande batalha do ano foi a de Batalha de Bull Run, que foi travada em 21 de julho de 1861. Foram mais de 4.800 homens mortos ou feridos nos dois lados.

Na Batalha de Bull Run, houve uma série de regimentos Confederados que usaram a bandeira confederada nacional como bandeira de luta. Apesar de ter uma bandeira nacional que se parece com a velha bandeira dos Estados Unidos poderia ter sido reconfortante para as pessoas da Confederação recém-formada, que acabou por ser uma má ideia no campo de batalha. Na batalha, o propósito de uma bandeira é para ajudar a identificar quem é quem. Quem está do seu lado e quem está do outro lado. A partir dessa perspectiva, tendo dois lados lutando sob bandeiras que são semelhantes na aparência, percebeu-se que era uma ideia muito ruim, que realmente causou um certo grau de confusão na Batalha de Bull Run.

A confusão causada pela semelhança nas bandeiras foi de grande preocupação para o general confederado P.G.T. Beauregard. Ele sugeriu que a bandeira nacional fosse alterada para algo completamente diferente, para evitar confusão em batalhas no futuro. Esta ideia foi rejeitada pelo governo Confederado. Beauregard, em seguida, sugeriu que deveria haver duas bandeiras. Uma, a bandeira nacional, e a segunda sendo uma bandeira de batalha, com a bandeira de batalha sendo completamente diferente da bandeira dos Estados Unidos.

Beauregard foi bem sucedido em ter uma bandeira de luta diferente. A escolhida foi realmente semelhante a uma das bandeiras que já havia sido proposta para ser a bandeira nacional. A bandeira de batalha seria um X azul em um campo vermelho. Como uma bandeira de batalha, a bandeira seria quadrada. A bandeira tinha 13 estrelas, para os treze estados da Confederação. Esta bandeira foi usada pela primeira vez em batalha, em dezembro de 1861. Sendo uma nova bandeira, diferente da bandeira dos Estados Unidos, ganhou ampla aceitação e fidelidade entre os soldados confederados e população em geral. A bandeira é referida como a bandeira confederada, e como a bandeira de batalha do Exército da Virgínia do Norte.

Deve-se notar, no entanto, que havia muitas bandeiras diferentes batalha usadas em momentos diferentes e por regimentos diferentes na guerra.

A bandeira nacional da Confederação é hoje quase esquecida e a bandeira de batalha do Exército da Virgínia do Norte tornou-se o símbolo mais associado a Confederação e continua a ser um símbolo controverso, por ter sido usado por grupos racistas nos EUA, como a KKK.




BANDEIRA NACIONAL CONFEDERADA: (1861-1863)





BANDEIRA DE BATALHA DA VIRGÍNIA DO NORTE E DEPOIS BANDEIRA NACIONAL CONFEDERADA (1863-1865) – Posteriormente usada como símbolo de grupos racistas nos EUA



BANDEIRAS QUE AINDA LEMBRAM AS BANDEIRAS CONFEDERADAS NOS EUA:

BANDEIRA DO MISSISSIPPI:



BANDEIRA DO ESTADO DA GEÓRGIA: